Os 10 mandamentos da educação infantil

A criança aprende aquilo que vive e a melhor forma de educar é lhe propiciar um ambiente saudável. Esses mandamentos vão lhe ajudar nessa tarefa.

1 – Estimular – Se a criança é bem estimulada, aprende a confiar.

2 – Valorizar – Se é valorizada, aprende a dar valor.

3 – Mostrar equilíbrio – Se vive em equilíbrio, aprende a ser justa.

4 – Transmitir segurança – Se sente firmeza, aprende a ser segura.

5 – Não humilhar – Se é humilhada, aprende a se sentir culpada.

6 – Não criticar – Se é criticada, aprende a condenar.

7 – Não maltratar – Se é vítima de maus tratos, aprende a agredir.

8 – Fazer amizades – Se a criança tem amigos, aprende a ser companheira.

9 – Dar afeto – Se recebe afeto, aprende a ser amiga.

10- Dar apoio – Se é bem aceita, aprende a encontrar o amor no mundo.

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Como está o relacionamento com meu(s) filho(s). Virtual? Ou real? Qual a atenção que dou a ele?


Numa charge que vi outro dia uma mãe respondia ao telefone: “Estamos todos aqui juntos vendo televisão! Mas não vendo televisão juntos…” O desenho era de uma família em uma sala de estar, cada um com um aparelho na mão assistindo, digitando, alguma coisa. Que cena comum! Outra engraçada e muito típica foi uma foto de várias pessoas num ponto de ônibus e o texto chamando a atenção para um ser estranho: um homem que não estava ao celular como os demais, mas olhando ao redor! Que loucura! É só passearmos pela rua e observar as pessoas que perceberemos que a grande maioria não olha em volta, mas está presa a tela do aparelho. Se pararmos um pouco para pensar é assustador.
Gosto de ficar observando as pessoas quando ando por aí, nas ruas, nos shoppings, parques. Mães, pais, babás, quase todos com seus aparelhos, olhando para eles ao empurrar os carrinhos, nos momentos em que estão brincando com as crianças nos parquinhos… Brincando com elas ou estando presentes simplesmente? Outro dia vi uma foto de uma celebridade cuja chamada era: Fulano é um super pai e procura estar presente em todos os momentos do filho. O Fulano estava buscando seu filho na escola, falando ao celular, com outro aparelho na mão enquanto o menino puxava-o pela roupa, claramente querendo chamar sua atenção.
Pegue-se uma viagem de carro em família. O que as crianças fazem durante esse tempo em que estão presas no veiculo? Jogam joguinhos, assistem a um filme, utilizam seus celulares (ou os dos pais, que, tirando o que está dirigindo, está fazendo a mesma coisa). E a paisagem, o entorno, quem observa? Quem olha? As crianças não. Perdem a oportunidade de ver os animais, a vegetação, observar coisas diferentes. E conversar? Existe isso? Hum… pais ocupados com celulares, navegando, conversando… muito pouca atenção.
Sinais dos tempos, claro, modernidade. Não sou saudosista, não caminho contra, pelo contrario, sou bem plugada. Mas acredito que temos que ao menos pensar no assunto. Nem que seja para tomar a decisão de que é assim mesmo, que as pessoas de agora em diante passarão a se relacionar somente virtualmente. Como nas mesas nos restaurantes. Varias pessoas à mesa, sem conversar entre si, a não ser para mostrar algo no celular e falando, textando com outras pelo aparelho. Eu mesma me vejo muitas vezes tendo essa atitude com meus filhos: “Filho, o jantar está na mesa!” “Ok mamãe, já vou!” Mando mensagem para eles!
Celulares e afins já são tão parte do dia a dia que os carregamos para todos, todos os lugares. Cama, mesa, banheiro… Já está em desenvolvimento um aparelho que é uma pulseira aderente ao pulso. Daqui a um tempo todos os seres humanos o portarão sem nem perceber (chute meu, futurologia). E o desenvolvimento tecnológico não pára, não pode. E assim caminha a humanidade.
Não sabemos ainda o efeito que isso tem nas crianças, no desenvolvimento delas pois é uma realidade recente. Saberemos as diferenças nos relacionamentos entre as pessoas num futuro próximo, quando teremos dados e históricos para analisar. Mas certamente a mudança é muito grande.
Fica a idéia para pensar. Como está o relacionamento com meu(s) filho(s). Virtual? Ou real? Qual a atenção que dou a ele? Como estamos vendo os filhos, as crianças? Como está sendo esse tempo com eles? Com os olhos e concentração nos aparelhos ou neles? Dedicado ou atravessado? Como está a atenção de meu(s) filhos(s) para comigo? No aparelho ou em mim?

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Expectativa dos pais influencia desempenho escolar das crianças, revela estudo

De acordo com a pesquisa, quando os pais têm altas expectativas em relação aos filhos, eles se saem melhor na escola. Entenda:


O primeiro semestre terminou e agora é a hora de curtir as férias escolares. Mas, em agosto, muitas crianças precisarão se dedicar para recuperar as notas que ficaram devendo... Se seu filho faz parte desse grupo, saiba que as expectativas que você nutre a respeito do desempenho acadêmico dele podem ter uma grande influência sobre o resultado que aparece no boletim.
Segundo um estudo publicado no Journal of Family Psychology, as crianças tiram as notas que os pais esperam que elas tirem. Ou seja: se você acha que seu filho é um bom aluno e espera que ele tire sempre notas boas, é provável que ele, de fato, se saia bem na escola. Em contrapartida, se as suas expectativas são baixas em relação à performance acadêmica do seu pequeno, há maiores chances de que ele tenha um desempenho medíocre.
Pesquisadores chegaram a essa conclusão por meio de um estudo realizado com 388 famílias com ambos os pais e pelo menos dois filhos. Em uma etapa inicial, foram formados subgrupos que representassem todas as combinações possíveis entre as crianças: dois meninos, duas meninas, uma irmã mais velha e um irmão mais novo e um irmão mais velho e uma irmã mais nova.
Os pais tiveram que responder a um questionário com uma série de perguntas sobre suas expectativas em relação aos filhos, sobre as diferenças e semelhanças entre as crianças, sobre o desempenho de cada uma na escola e até, em uma escala de 1 a 5, quão melhor eles acreditavam que as notas de um filho eram em relação às notas do outro. A ideia era avaliar as diferenças entre as expectativas dos pais para cada um dos irmãos, no quesito desempenho escolar. Eles também avaliaram as notas escolares das crianças, para fazer um comparativo.
Como a expectativa dos pais pesa sobre os filhos
“As narrativas que as famílias têm a respeito das crianças são vitais e isso não tem a ver só com o desempenho escolar, mas com toda a confiança que a família vai passando para essa criança e com a construção de sua autoestima”, explica a psicopedagoga clínica Quezia Bombonatto, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia  (ABPp). Em outras palavras, é claro que a posição e as características atribuídas à criança influenciam a maneira como ela se enxerga, a confiança que tem em si mesma e, consequentemente, suas notas. Mas trata-se de um processo muito mais complexo. “Depende do nível de exigência para com a criança, da permissividade dos pais, do tipo de elogio e incentivo que a criança recebe. Isso começa muito antes da escola”, completa. 
Uma das observações feitas pelos pesquisadores é que mesmo quando aquele filho que normalmente não se sai tão bem na escola tira uma nota boa, os pais tendem a subestimar seu feito. E o contrário também acontece: quando o filho que é considerado bom aluno tira uma nota mais baixa, os pais relevam o “deslize”. “É fato que os pais tendem a comparar os filhos. Seja porque um deles se sobressai ou simplesmente por uma questão de identificação e afinidade”, explica pedagoga Elizabeth Duarte, coordenadora do Colégio Nossa Senhora do Morumbi (SP). “É preciso tomar cuidado com essa comparação nata para não estigmatizar as crianças”, alerta.
De acordo com o estudo, em geral, filhos mais velhos são considerados melhores alunos, mesmo que o boletim não comprove essa “superioridade”.  Para Quezia, não dá para generalizar e dizer que os primogênitos  são considerados os filhos-modelo em todas as famílias.  “O primeiro filho geralmente carrega uma carga de expectativa maior. Já se faz uma ideia de alguém vitorioso, se projeta nele muitos desejos. Quando chega o segundo filho, muitas expectativas já foram depositadas no primeiro e a família já não se surpreende tanto pelas experiências vivenciadas. É como se não fosse tão significativo”, explica. No entanto, pode acontecer, por exemplo, de o segundo filho ter mais afinidade com um dos pais e, assim, mais expectativas serem projetadas sobre ele. Não dá para generalizar.  A pesquisa mostrou também que pais e mães tendem a achar que as meninas se saem melhor que os meninos na escola – o que se mostrou  verdadeiro, mesmo quando as meninas são mais novas.
Expectativa X notas: como lidar?
Não há dúvida de que a expectativa dos pais tem grande influência na formação e no incentivo que as crianças recebem. No entanto, fica difícil separar o que vem primeiro: crianças se saem melhor na escola porque há expectativas mais altas sobre elas ou carregam expectativas mais altas porque naturalmente se saem melhor nos estudos?
Como não dá para separar uma coisa da outra, o melhor a fazer é pensar que a nota é só uma representação de um todo que a criança vive na escola. É apenas uma construção, que não deve ser superestimada. “Valorizamos muito o lado acadêmico e nos esquecemos de valorizar a criança como pessoa, como cidadã”, ressalta Elizabete. Isso implica em dois pontos: o primeiro é que a missão da escola não é simplesmente transmitir o conteúdo, mas ajudar a criança a desenvolver noções de convívio social e valores. O segundo é que, mesmo que seu filho não tenha um desempenho brilhante nas notas, isso não quer dizer que ele não tenha um grande potencial em outras áreas, que talvez não sejam contempladas pelo modelo de ensino.  Aliás, o que é mesmo um desempenho brilhante?
Uma criança que tem facilidade e tira 8 sem estudar, poderia tirar uma nota mais alta se fosse mais dedicada. Ela tirou uma nota boa, mas poderia ter ido além. “Exigir a nota pela nota não faz sentido. A questão é como se trabalha isso. A nota deve ser tratada como um referencial de potencialidade. O problema não é tirar 8, 9 ou 10. É sempre dar o seu melhor”, explica Quezia.
Cuidado para não desencorajar seu filho
Todos os pais têm expectativas em relação aos filhos. O problema é que,  dependendo da maneira como eles se expressam e do nível da cobrança (para mais ou para menos), a criança pode ser prejudicada. “Se a exigência é alta demais , a criança  sofre, mas se falta exigência, ela não avança. É difícil encontrar um equilíbrio”, ressalta Elizabete. Tome, então, o caminho do meio, sempre respeitando o ritmo do seu filho, prestando atenção nele e mantendo um diálogo. Lembre-se de que o desempenho acadêmico reflete todo o entorno: a experiência dele na escola, com os amigos e a maneira como ele confia em si mesmo. Por um lado, seu filho deve saber que a escola precisa ser levada a sério e que é preciso se dedicar. Por outro, não é necessário que ele se sinta esmagado pelo peso de ter de atingir certos padrões, que, às vezes, estão fora de seu alcance.
Veja algumas frases que devem ser evitadas:
- “Ah, de novo uma nota baixa? Eu desisto”
Se a criança escuta a mãe ou o pai dizer algo desse tipo vai se achar incapaz e acreditar que nem as pessoas que mais a amam nesse mundo confiam em seu potencial.
- “Seu irmão/irmã nunca me deu trabalho na escola”
Evite comparações. Cada criança é única e merece ter sua individualidade respeitada. Contemple seus pontos fortes e aqueles em que ela ainda precisa melhorar.
- “Você conseguiu porque é inteligente” 
Em vez disso, prefira “você conseguiu porque se dedicou”. A criança tem mais vontade de se superar quando sabe que isso depende do seu esforço, não apenas de sua capacidade.
- “É, você fechou acima da média, mas vamos ver o que acontece no próximo semestre...”
Nem quando seu filho acerta ele arranca um elogio? Não dá para conseguir ser autoconfiante desse jeito.

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Educação infantil é oportunidade de a criança interagir com o mundo

Durante muito tempo, a criança esteve sob a responsabilidade da família, era no convívio com os adultos e outras crianças que ela participava das culturas e construía as normas da sua cultura. 




Hoje, a criança tem a oportunidade de frequentar um ambiente de socialização, convivendo e aprendendo sobre sua cultura mediante diferentes interações, na instituição de educação infantil, que é a primeira etapa da educação básica, e destina-se a crianças de zero a cinco anos e onze meses, visando a proporcionar-lhes condições adequadas de desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social, promovendo a ampliação de suas experiências e conhecimentos. A educação infantil teve alguns avanços e retrocessos, e hoje busca-se a qualidade na organização do trabalho pedagógico.


O Brasil avançou significativamente em relação à legislação que diz respeito ao direito da criança à educação de qualidade, porém ainda deixa muito a desejar, pois há um grande descompasso entre o discurso e a realidade. O que temos em relação às orientações do MEC são documentos riquíssimos que tratam de orientações para um trabalho voltado ao desenvolvimento da criança como cidadã, proporcionando a ela um convívio digno para o seu desenvolvimento integral.
Infelizmente, muitas instituições ainda atendem a criança concebendo o modo assistencialista, diferenciando-se das que apresentam um trabalho voltado não só para os cuidados infantis, mas para o eminentemente educacional, uma vez que a instituição de educação infantil deve ter como eixo norteador o cuidar e educar.

A lei 12.796, recentemente sancionada, tem sua origem no projeto de lei nº 5.395/2009 e ampliou a abrangência do ensino obrigatório para a faixa etária de quatro anos. O objetivo é elevar o atendimento do zero aos três anos para 50% e universalizar o acesso dos quatro aos cinco anos até 2020. Sendo assim o poder público tem um tempo para se adaptar e acomodar as situações ainda pendentes nesta etapa da educação básica. Embora enfrentando muitas dificuldades, o poder público municipal deverá fazer este atendimento, pois é um direito da criança e tem como objetivo proporcionar condições adequadas para o desenvolvimento do bem-estar infantil, como o desenvolvimento físico, motor, emocional, social, intelectual e a ampliação de suas experiências.

Nessa perspectiva, o atendimento nesta etapa da educação deve visar ao social, associado à questão da mulher enquanto participante da vida social, econômica, cultural e política; educativo, organizado para promover a construção de novos conhecimentos e habilidades da criança; e político, associado à formação da cidadania infantil, em que a criança tem o direito de falar e de ouvir, de colaborar e de respeitar e ser respeitada pelos outros, que são as orientações das Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil. Este documento dispõe sobre princípios e fundamentos para enfrentar a questão da qualidade do atendimento infantil por meio da elaboração de proposta pedagógica da creche/pré-escola e da formação adequada de professores que trabalham com a educação infantil.

Sendo a educação infantil um campo em constante reflexão e reconstrução, de conquista na legislação brasileira, o desafio a enfrentar é a definição de qual é a infância a que reporta-se aqui, quais as instituições e as culturas que foram produzidas, geradas nesses caminhos e, sobretudo, do(a) professor(a) de crianças pequenas, seus saberes e identidades. Tenciona-se com isso indicar a melhoria da qualidade do atendimento oferecido às crianças brasileiras, principalmente as joinvilenses, em instituições de educação infantil, melhoria que incide diretamente sobre a qualificação do profissional para que este, por meio de um currículo/proposta pedagógica, faça valer o direito social e humano das crianças de serem educadas e cuidadas e, assim, de viverem plenamente a infância.

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A psicomotricidade infantil



Nos movimentos da criança se articula toda sua afetividade, desejos e suas possibilidades de comunicação. O que é psicomotricidade? Sua definição ainda está em formação, já que à medida que avança e é aplicada, vai-se estendendo a distintos e variados campos. No princípio, a psicomotricidade era utilizada apenas na correção de alguma debilidade, dificuldade, ou deficiência.
Hoje, vai mais longe: a psicomotricidade ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo.

Movimento e atividade psíquica

O termo psicomotricidade se divide em duas partes: a motriz e o psiquismo, que constituem o processo de desenvolvimento integral da pessoa. A palavra motriz se refere ao movimento, enquanto o psico, determina a atividade psíquica em duas fases: a sócio-afetiva e cognitiva. Em outras palavras, o que se quer dizer é que na ação da criança se articula toda sua afetividade, todos seus desejos, mas também todas suas possibilidades de comunicação e conceituação. 
A teoria de Piaget afirma que a inteligência se constrói a partir da atividade motriz das crianças. Nos primeiros anos de vida, até os sete anos, aproximadamente, a educação da criança é psicomotriz. Tudo, o conhecimento e a aprendizagem, centra-se na ação da criança sobre o meio, os demais e as experiências através de sua ação e movimento.

Estimulação e reeducação

Através da psicomotricidade pode-se estimular e reeducar os movimentos da criança. A estimulação psicomotriz educacional se dirige a indivíduos sãos, através de um trabalho orientado à atividade motriz e as brincadeiras. Na reeducação psicomotriz se trabalha com indivíduos que apresentam alguma deficiência, transtornos ou atrasos no desenvolvimento. Tratam-se corporalmente mediante uma intervenção clínica realizada por um pessoal especializado.

Princípios e metas da psicomotricidade infantil

A psicomotricidade, como estimulação aos movimentos da criança, tem como meta:
- Motivar a capacidade sensitiva através das sensações e relações entre o corpo e o exterior (o outro e as coisas).
- Cultivar a capacidade perceptiva através do conhecimento dos movimentos e da resposta corporal.
- Organizar a capacidade dos movimentos representados ou expressos através de sinais, símbolos, e da utilização de objetos reais e imaginários.
- Fazer com que as crianças possam descobrir e expressar suas capacidades, através da ação criativa e da expressão da emoção.
- Ampliar e valorizar a identidade própria e a auto-estima dentro da pluralidade grupal.
- Criar segurança e expressar-se através de diversas formas como um ser valioso, único e exclusivo.
- Criar uma consciência e um respeito à presença e ao espaço dos demais.

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